terça-feira, julho 24, 2007

Minha homenagem

Acidente da TAM. Todo mundo sabe do que se trata.
Centenas de familiares chorando. Futuros despedaçados.

A morte é implacável.

Homenagearei essas pessoas. Minha homenagem é curtir. É ser feliz. É aproveitar meus momentos. Que poderão terminar em 28 segundos, se assim tiver que ser.

Gargalhar com meus amigos, dançando ou jogando videogame.
Beijar minha mãe no rosto com ternura e lhe dar um abraço.
Beijar minha namorada na boca, com paixão, e ver seus olhos castanhos brilhando.
Sentar ao lado do meu pai e ouvi-lo contar aquela mesma história pela milésima nona vez.
Sentar na areia da praia, olhar para o horizonte infinito e mergulhar no mar. Pegar um jacaré, e me deixar ser levado pela onda; guiado pela natureza.

Tomar aquela água geladinha, depois de estar morrendo de sede.
Deitar na cama, esparramado, logo após chegar em casa, cansado.
Olhar minhas fotos, lembrar, sorrir.
Andar de ônibus, vendo o mundo ao redor.
Ver as diversas cores do céu.

Transar, abraçar, chorar, sorrir, amar.

Minha homenagem é viver.

quinta-feira, julho 05, 2007

Órgão da visão da cor da castanha

Olhos castanhos. Não, nada de olhos verdes, azuis, e suas variações.
Olhos castanhos.

Busque a profundidade. Renato Russo dizia que a tempestade que chega é da cor dos seus olhos, não azuis ou tão pouco verdes, mas sim, castanhos.
Mas não é só a tempestade que chega.
Pode vir, num piscar de olhos, a brisa refrescante que alivia e arrepia; o sol caloroso para aquecer; a chuva torrencial para entristecer.
Ah, tantas possibilidades naqueles círculos... Infinitas.

Buraco negro, abismo infernal, ou, de repente, a escalada para o céu, o paraíso. Esse é o qual realmente persigo, admito.

Gosto mesmo de ver é o brilho. Aquele brilho tão especial.

Assistir a felicidade momentânea despontando direto nos olhos, fazendo-os brilhar. Sem lugar-comum; eles não brilham como dois sóis ou como diamantes reluzentes. É um brilho incomparável. Meu ralo conhecimento da língua me impede de achar palavras que descrevam com a devida perfeição.

Esqueça os azuis e verdes com sua beleza óbvia e ludibriante.
Fixe o seu olhar nos sublimes castanhos, perceba seus mistérios enlouquecedores; viaje. Todos os olhos do mundo possuem suas peculiaridades, mas minha escolha são os castanhos. De preferência com tempestade.


sexta-feira, junho 29, 2007

Faísca

Boate. Mulheres e homens dançando, bebendo. Luxúria.
A bela jovem rebolava como nenhuma outra e chamava a atenção toda para si. O corpo desenhado serpenteava despertando fascínio em muitos; raiva em algumas. De um lado, mulheres invejosas, com seus olhares de desdém; do outro, homens desejosos, imaginando coisas. Ninguém ficava indiferente àquela volúpia.

O namorado estava ali, logo atrás da jovem companheira, a rir com os amigos, sem perceber seu redor. Sua linda mulher enfeitiçava a todos, solta, livre. De súbito, alguém lhe esbarra. Ao virar, o rapaz se depara com um homem forte, troncudo, olhando fixamente para sua namorada, claramente despindo-a em sua imaginação.
O rapaz - magro, não magricelo - nada intimidador, encarou o homem como alguém que teve a honra desrespeitada.

Entreolharam-se por infinitos três segundos antes do primeiro empurrão. O rapaz foi lançado para trás, e, com esforço, manteve o equilíbrio; o bastante para desferir um soco na face daquele homem um palmo maior que ele.

Tinha início a confusão. A namorada tinha sido empurrada no meio da atabalhoada multidão e, de longe, só via seu namorado com as mãos em riste, frente a frente a outro mais forte e maior. Sentiu medo.

Indiferente a briga que se generalizava, um não proposital ringue de gente era formado em volta daqueles dois.

O forte lançou o braço; o magro desviou. O magro chutou; o forte pareceu não sentir.
Não tinha para onde escapar. Uma muralha de pessoas empurrando umas as outras impedia.

Um soco acertou, e o magro foi como que rolando, pulando, rodando, procurando onde se segurar; caiu. Balançou a cabeça buscando acordar. Viu algo como um touro furioso vindo em sua direção. Deu uma cambalhota ágil e caiu com a mão por cima de uma garrafa, quando, por puro reflexo, a lançou no adversário. Em cheio na testa.

O sangue escorria; a fúria aumentava. Serpenteando como um vulto, uma mão segurando outra garrafa zuniu pelos ares e acertou o touro novamente. Era a namorada.
O casal se viu, cúmplice, sorriso no canto da boca. Desataram a correr para a saída, suas mãos se encontraram e se apertaram. Surgiram pelas ruas, rápidos como dois gatunos na noite.




quarta-feira, junho 27, 2007

Magricelo

Magricelo. Narigudo. Bom coração. Hormônios em ebulição. 17 anos.
Uma coleção inimaginável de revistas masculinas.

Um rapaz amargurado por não encontrar uma mulher perfeita como aquelas das revistas. Quando achava ter avistado uma com os atributos requeridos, sempre faltava algo. Percebia alguma imperfeição que cortava todo seu tesão. Era sempre assim.

Teve a chance de beijar – entre outras coisas - várias mulheres, mas não, nenhuma era como as maravilhas das revistas.

Em vez de aceitar sair com suas pretendentes, viajava por sua imaginação. Um mundo no qual tinha e possuía todas as perfeitas. Uma por uma, talvez duas, três, ou até várias ao mesmo tempo. Sem limite de tempo. Nada para desagradar.

Mas, na vida real, um virgem. Não contava para os amigos, claro. Porém, incrivelmente, não tinha vergonha ou tanta pressa assim. Queria uma daquelas deusas voluptuosas de curvas perfeitas.

Arrumou um emprego, trabalhou, juntou dinheiro.
Procurou na internet. Serviço de acompanhantes. Pelas fotos pareciam ser como “aquelas”.
Ligou e pediu a mais perfeita de todas: “como as das revistas”. Era a mais cara, obviamente. Não se importava.

Ah! Perfeição de mulher. Nada fora do lugar. Nenhuma cicatriz, nenhuma marca, nenhuma falha física. Seios médios apontando para o céu. Cintura fina como uma ampulheta. Quadril largo na medida certa, culminando em duas formas arredondadas e arrebitadas.

Ela despiu-se vagarosamente. Os olhinhos dele brilhavam, lacrimejando de emoção.
Parecia-lhe gigante. Ele era Davi.

Olhou nos olhos da mulher. Fixou o olhar. Não sentiu nada.

Foi imperfeito. Desastroso, na verdade. Derrapou em cada curva da moça. Cada movimento foi mecânico, sem sentimento, triste.

Decepcionado, passou a semana triste e cabisbaixo. Uma colega de trabalho, gordinha simpática e carismática, de sorriso franco e voz bondosa, sentindo a tristeza do magricelo rapaz, foi confortá-lo.

Saíram, tomaram uns chopes. Acabaram no motel. Nada mais importava para ele.

Lá, olhou nos olhos dela. Fixou o olhar. Sentiu tudo.

Foi perfeito. Deliciou-se com cada curva a mais da moça. Se afogou por completo no corpo daquela verdadeira mulher. Sedento, feliz, realizado.








quinta-feira, junho 14, 2007

Necessários

E amigos? Amigo é briga; é amor.

Amigo de verdade tem lealdade acima de tudo. Amigo sabe que é amigo. Amigo é base, é quartel-general. É chão.

É babaquice levada ao extremo. Você pode ser... você. E ser aceito, amado. Você pode ser ridículo, daquele jeito que todos te olharão estranho, incluindo até seus próprios amigos, mas eles não te abandonarão. Talvez te abandonem por alguns minutos devido à vergonha, mas voltarão logo depois.

Lembrar de suas histórias, lembrar dos seus amigos, é uma alegria tremenda. Aquele carnaval, aquele chopp, aquele rodizio de pizza, aquele dia na escola ou na faculdade, o dia naquela boate ou naquele churrasco, tantos lugares. E o show na praia! Lembra?

Quando estava na sarjeta. Quando estava no auge.

Das lágrimas no ombro à gargalhada ensurdecedora.

Eles estavão lá.

Amigo é aquele que você pode ficar anos sem ver. E quando encontrar vai ser como se tivesse passado um único dia. A mesma babaquice. O mesmo sorriso. As mesmas histórias. Já te magoou, odiou e amou. Talvez até isso tudo num espaço de poucos minutos.

Amigo é aquele que pode me ligar e falar: "Cara, tô precisando de tal parada"E minha resposta será: "Num me enche, sua puta... Quer que horas?"

Jedi

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Não sei se consegui expressar tudo que gostaria assim sendo, para finalizar, um texto, nada menos do que perfeito, sobre a amizade. Identificação total.

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinícius de Moraes

terça-feira, maio 22, 2007

Essencialmente









Ah, a essência...

Calma, não pense em essência de flores ou relacione a cheiro, por gentileza. Estou falando de outra. Aquela inerente a nós.

Nas nossas vidas, alguma coisa sempre tem que mudar, é regra, não há outro jeito. Mudamos de opiniões, agregamos novos valores e conhecimento. Mas a essência, ah, essa é muito difícil mudar.
Evoluímos em alguns aspectos, involuímos em outros, e ela lá se mantém.

Acredito que, para mudar nossa essência, só grandes traumas. Se tu és babaca na essência, até pode diminuir isso, porém eternamente serás babaca. E por aí vai.

Não dá para trocar de essência. Podemos tentar variar, ser diferente, outra pessoa. Não adianta, é máscara. É estranho.

Qual a sua essência?

segunda-feira, maio 07, 2007

Coluna do Igor, o Palhaço Triste - "Meu Desabafo"

Leia esta parte antes de começar a ler tudo!

****Eu apenas sai escrevendo muita coisa… varias ideias… e vou postar assim.. nao to afim de organizar… estou apenas afim de escrever exatamente da forma que eu pensei… LEIA SE QUISER!!!Porem se voce ler...comente!!! DESABAFE*****

vamos la!

TudO bem... O Crime venceu a justiça... justiça que alias nunca existiu!!! quer dizer... Justiça, educação, segurança, futuro .... são palavras extintas!!!

O crime venceu nao só a justiça...mas o crime venceu a MASSA...a policia tem medo do CRIME... o cidadão tem medo do crime... todo mundo tem medo do CRIME.... e o maior paradoxo disso tudo é que o CRIME é formado pelo DAVI e não pelo GOLIAS.... isso... quem organiza o crime... nao é o super adulto.. e sim CRIANÇAS.... CRIME virou a profissão do futuro! engraçado que o CRIME não garante o futuro...mas DIREITO E ENGENHARIA tambem não garantem mais nada!!! O CAOS esta instalado! Criança nao brinca mais em sonhar de ser jogador de futebol... a meta agora é SER CHefe da BOCA!



O que voce quer ser quando crescer.... BANDIDO!



Mal ou bem... é o futuro mais proximo para ele.... viver 80 anos... ele nao vai mesmo!!! ELE pode ate escolher: estudar, viver... mas ele sabe que corre risco... de uma bala perdida... ou de ser assaltado e levarem a carteira e a vida...


Hoje em dia... ninguem mais está seguro... Tenho medo de que não conseguirei chegar aos 50....

Antigamente... Era so o bandido que nao ficava velho...morria antes... isso continua... mas a violencia tomou tantas proporções ... que o cidadão comum...tambem nao fica mais velho... morre antes!!!

Isso tudo..se chama falta de tudo! falta de organização, falta de ética, falta de estrutura, falta de educação, falta de moral, falta de respeito....

A policia é corrupta... o bandido é cruel... os politicos são bandidos... O cidadão é o alvo disso tudo... Nos somos os MANÉS da historia... nao existe mais joão ...existe o MANÉ....

O mundo é dos jovens… sim o mundo é dos jovens… eles que decidem quem fica vivo ou não… o jovem nao frequenta mais escola… O que é escola?? Existe isso ainda???

Nao existe nem mais chaves…. NAo existe mais nada!!! Ta tudo perdido! VOu abrir uma loja de colete a prova de balas…. O funk é o sucesso! A maconha deixou de ser droga… Gay deixou de ser algo anormal… praia deixou de ser limpa… O RIO deixou de ser lindo… O jornal deixou de ser Jornal…. A Tv deixou de ser romantica… Criança deixou de ser criança!

O mundo acabou… perdemos o direito de viver! Perdemos o direito da PAZ…. Nao adianta abraçar lagoa… deitar em calçadão.. PAZ é uma ideia solitaria…

…. Ambição, ganancia e desespero se misturam…

Um policial passa fome e medo… um politico so pensa em si mesmo…











Essa foto(acima e no www.fotolog.net/igorzinh_o) é o retrato do desespero…. Toda ação tem sua reação… violencia so gera violencia… o POVO CANSOU DE pedir a PAZ ABRAÇANDO a LAGOA…que por sinal fede a peixe morto… que por sinal vai ser simbolo do PAN! … o POVO agora … lança MOLOTOV… queima tudo!!! O POVO está desesperado…

Tenho pena dos proximos cara Pintada…. Imagino que agora pintaremos a cara…como no filme coração valente…. Vamos pintar a cara e cair na porrada!!!

Mst vai ser fichinha perto do que está para acontecer…. Daki a pouco o exercito Americano vai invadir nosso país…. LULA sera enforcado em praça publica… A IRA DO POVO mostrara o que a justiça nunca mostrou…. A raiva do cidadão … sera o caos… mas agora nada mais me resta …apenas acreditar na TEORIA DO CAOS>>> Estamos entrando na nova era mundial….A era do começo do fim do mundo!

quinta-feira, abril 19, 2007

Escudo

Solitário em minha nave, vôo pelo universo, beijando estrelas e esquivando de asteróides. Bip, bip, comunicação chegando. Proposta de trabalho. Estava precisando de dinheiro mesmo. A missão parecia simples, encontrar uma mulher e levá-la ao contratante.

Sou Tal-al, mais um caçador de recompensas, contrabandista e mercenário em um universo infinito. O mesmo trabalho de outros bilhões que não souberam o que fazer da vida. No meu caso, sou especializado em recuperar objetos roubados. Evito matar, mas sei como fazê-lo de forma rápida e eficaz.

Isso não importa agora. Nesse instante os raios cruzam por todo o lugar, num festival de som e cores. Nada bonito quando você é o alvo. Estou atrás de uma nave pequena, proteção improvisada. Em meus braços, minha missão, uma mulher linda, delicada e frágil. Na verdade, em um só braço, o esquerdo, pois o direito segura minha pistola. Minha única chance de sair vivo daqui.

Estranhamente, mesmo sentindo a adrenalina em minhas veias e preocupado em sobreviver, o corpo quente dessa mulher me desperta sensações. Não consigo disfarçar a excitação. Ela percebe. Vejo um leve sorriso, com aquele ar provocante que poucas mulheres tem, e, das que possuem, menos ainda sabem usar com maestria. O sorrisinho vai se desfazendo e seus olhos se fechando... o corpo subitamente pesa mais e escorre sobre mim. Nas costas dela, minha mão; na minha mão, o sangue quente.

O corpo dela é bem voluptuoso, na medida certa para qualquer homem, principalmente um solitário em um nave. E é ainda mais perfeito para servir como escudo das rajadas, enquanto atiro na cabeça de cada um dos meus adversários.

sexta-feira, abril 13, 2007

Afetado pelo milésimo (?)

Ruas, bares e avenidas. Um nome é ouvido. Romário. Almoço no Centro do Rio de Janeiro, um grupo de mulheres conversando... sobre Romário.
De um lado, piadinhas; do outro, torcida pelo gol.
Evento? Vasco e Botafogo. Palco? Maracanã. Era a hora. 4 a 4. 8 gols de diferentes jogadores. Nenhum do Romário.

Assisti o jogo até o fim. E lembro perfeitamente da face do baixinho Romário no exato momento em que o Vasco foi eliminado. Jogadores vascaínos abraçados. O jogador botafoguense chuta e marca o pênalti. Ninguém mais do Vasco está abraçado. Cada um vai para um lado. Resta um. Ele, Romário. Estático, olhar fixo. Pude sentir a tristeza de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro naquele instante. Por um milésimo de segundo, senti pena.

Logo depois, porém, lembrei que, dali, ele voltaria para sua cobertura na Barra da Tijuca, de frente para o mar, e dormiria nos braços de uma morena linda.

Fui dormir tranquilo.

quarta-feira, abril 04, 2007

BBB cheira como ralo?










É impressionante a mistura de amor e ódio que o BBB sucinta. Eu assisto e não sei porque.

Sei que é ruim, mas acho bom, é confuso. Eduardo Valente escreveu um artigo (http://www.revistacinetica.com.br/porquebbb.htm) e um comentário crítico (http://olhaso.nominimo.com.br/?504) que me fizeram pensar e analisar o motivo pelo qual muitas vezes fui dormir tarde vendo BBB.

Será que sou medíocre ou um simples brasileiro ignorante por ter sido seduzido pela Globo e sua capacidade fantástica de produção e edição? Não sou fã da Globo - longe disso - porém devo admitir a habilidade deles.

Assisti ao BBB7 e não torci em nenhum momento por Alemão e Íris, o casal que tornou-se tão amado pelo Brasil. Ela é chata demais e sempre achei o cara um babaca, desde o início. Contudo, admito, um babaca esperto, o qual teve sorte em algumas coisas e depois soube usá-la a seu favor.
Apesar disso, achei emocionante o final do último programa. Consegui perceber como aquele loiro estava louco com a vitória. Mesmo não simpatizando com o vencedor ou o péla-saquismo que o Bial tinha para com ele. (Inclusive, acho que o Bial se apaixonou pelo Alemão. )

Resumindo: não sei porque assisti esse programa, mas assisti. E, sendo bom, ou ruim, ou lixo, me trouxe a esse momento, no qual estou escrevendo e pensando, exercitando meu raciocínio. Graças também a tantos outros que, assim como eu, de alguma forma foram afetados e comentaram em tantas notícias e posts por aí, sobre esse reality show.

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Já que esse debate BBB (lixo? entretenimento?) me deu vontade de escrever, lembrei de um ótimo filme visto por mim há alguma semanas: O Cheiro do Ralo.
Engraçado, muito bem-feito e bem dirigido, com boas atuações. Um filme brasileiro já considerado cult por muitos.

O filme mexe com fetiches e desilusões. Selton Mello, interpretando Lourenço, o personagem principal, tem loucura na bunda de uma garçonete. Assim como sou louco por bundas. Essa foi a explicação de amigos meus quando comentei ter visto e adorado o filme.
E aí me ocorre, será que só assisti ao BBB7 por causa da bunda de Fani, a próxima capa da Playboy? Acho que não. Assim como não adorei o filme só pela bunda da garçonete.
O filme é engraçado, sem se esforçar para isso; e inteligente, sem tentar ser intelectual; tem bunda, sem ser apelativo; e é brasileiro, sem ser nacionalista.
Somente não gostei do final.

Bunda? Leia: A tara de Zé , post desse blog em Terça-feira, Maio 30, 2006 (é só descer a barra de rolamento ou ir nos arquivos)

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

In my life





"Yesterday" foi "a Hard´s day night". Estou com sono, "I´m so tired".
Sonhei com "Lucy in the Sky with Diamonds" em um "Yellow Submarine".
Ela olhou para mim e falou: "Hello, Goodbye". Mulher estranha. Um sonho louco no qual não consegui um "Ticket to ride". E olha que era "the Long and Winding road". Um maldito "Blackbird" bicou minha cabeça
A ex-namorada do meu amigo vai se casar. Ele não gostou. O que fazer? "Let it be".
Carnaval vou me vestir de mulher, sei que alguém vai gritar: "Hey, Jude".
Porque, é lugar-comum, mas "All we need is love". E gosto de sexo "Eight days a Week".
Contudo, "We can work it out". Além disso, sou um "Nowhere Man". Ou será que "I´m a loser" ?
Na verdade, só queremos que alguém diga "I wanna hold your hand".
Só que outro dia, me disseram: "She loves you". Fiquei feliz. Quando a vejo, sorrio, e sempre penso: "Don´t let me down". Mas o que sai da minha boca é: "Come together".
É sentimento real, "And I love her". Não adianta, "Can´t buy me love".
No final, a gente acaba gritando "Help".
Porém, "Do you want to know a secret? "Here comes the sun" e o que realmente importa é "Twist and Shout", "Here, there and Everywhere".

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