quarta-feira, junho 10, 2009

Seis

É, eu sou Tal-al, mercenário intergaláctico. A vida não é fácil nesse universo. Dizem que ele é infinito. Por isso mesmo vivo em busca do fim. Fazer o que? Sempre fui rebelde.
Bip, bip! Adoro esse som, quer dizer que tem trabalho chegando. Já era hora. A grana da última missão terminou faz tempo.
O empregador deseja uma pedra preciosa que se encontra nas mãos de um grupo de ladrões de seis braços. São famosos e letais. Seis caras com seis armas. Todos irmãos, um defende o outro.
Vai sair caro, missão difícil, mas o empregador não quis saber, ofereceu mais do que pedi. Aceitei.

Algumas horas depois aqui estou eu praticando tiro ao alvo. Na verdade, estou como auxiliar de treino, pois eu sou o alvo. A pedra está em minhas mãos. O grupo de seis agora só possui cinco. Acho que eles estão com raiva de mim.
Os caras estão tentando me cercar, dois pela frente, um vindo pelo alto e os outros dois pelos lados. Tenho uma granada, duas pistolas e uma máquina estranha e velha servindo como barricada.
Levanto rápido e jogo a granada. Menos dois. Dou um rolamento e caio deitado atirando para o alto. Outro que se vai, mas acho que algum tiro pegou em mim, não sei. Estou sentindo algumas leves dores, porém a adrenalina sempre é minha parceira nesses momentos.

Os outros dois estão atirando, um de cada lado, gritando irritantemente em uma língua que não compreendo. Tem sangue no chão. É vermelho escuro. Mas o deles é verde água... Merda, esse é meu então. Corro como nunca corri em toda minha vida, atirando como um louco, de modo que eles precisem se proteger e não possam mirar direito. O compartimento de lixo é minha salvação e é nele que mergulho.
Obviamente está fedendo. Subitamente os braçudos vem pelo mesmo lugar que eu. Realmente estão com raiva. Contudo, nesse espaço cheio de lixo, tenho proteção o bastante para acertar cada um deles. Um na testa e um no peito. É o fim da família Seis. E deve ser o meu também pelo que estou vendo na minha barriga.
Apesar disso consigo chegar na minha amada nave Century Tiger. Hora de visitar aquele velho amigo bom em curativos. Espero chegar vivo. Estou com sono.

quarta-feira, maio 13, 2009

mais uma sexta-feira

Sexta-feira, dia mágico para aqueles dois servidores públicos (não só para eles, claro). Chefe não estava presente. Sei lá onde estava. Os servidores também não ligavam. Internet liberada. Um era craque na computação. Mesmo se houvesse algum bloqueio mais eficaz, o cara daria um jeito. Era chamado de Breco. O outro, um enrolador profissional desde criança, era conhecido como Macarrão.

Sexta-feira nunca era dia de trabalho para esses dois. Naquela fatídica sexta em especial, um jogava Copas; o outro, Paciência. Contudo, Breco, excitado pela aproximação do fim de semana, resolveu abrir um filminho pornográfico. Entrou num site especializado nisso e começou a procurar algum interessante. Encontrou. O título era Beautiful Blond masturbates with a Banana.

Sexta-feira e a mulher no filme era linda. Loirinha do alto de seus vinte e poucos anos, bicos rosados e seios altivos. O resto não posso descrever, ou esse seria um conto impróprio para menores de dezoito anos. Acontece que Breco ficou excitado – fisicamente falando. De repente, surge a chefe do setor de Recursos Humanos, Armênia, evangélica fervorosa. Rapidamente, Breco fechou a janela do computador e abriu um documento qualquer. Macarrão, já esperto nas artes da vadiagem no trabalho, em aproximadamente um segundo e meio, fechou o jogo Paciência, abriu um documento de texto e digitava como se precisasse daquilo com urgência.

Sexta-feira e voltemos ao Breco, que usava uma camisa branca curta e calça jeans barata. A protuberância advinda do tesão chamava atenção e foi a primeira coisa que Armênia viu. Ficou hipnotizada, horrorizada, ruborizada, e outros “ada”. Tudo ao mesmo tempo...

sábado, abril 25, 2009

What a feeling

Paixão. Coisa estranha.
Sentimento que arrebata e maltrata.
Te leva nas nuvens com um simples sorriso, um detalhe bobo.
E depois pode te deixar no chão, se revirando de raiva.
Te faz bater o telefone a ponto de quebrá-lo se a conversa não foi "satisfatória".
Ou te faz sentir bobo alegre a ponto de dançar sozinho em casa sem música alguma.

Um beijo... aqueles lábios... as mãos pela cintura... o arrepio...

A visão da pessoa de longe... de repente um estalo.. o desejo é correr para agarrá-la... e você faz isso.. porque não consegue se conter...

Mas nem sempre dá certo. Nem sempre é como você quer. Como tudo na vida.
Ao lado da paixão, a raiva espreita. Negócio forte, essa tal de paixão.
Coisa ingênua, descontrolada. Ilusão, imaginação, decepção, felicidade momentânea.
Pensamento fixo, possessão.
Conclusão?
 
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