quinta-feira, junho 29, 2006

Rodamoinho, roda-gigante...











É melhor caminhar devagar do que ficar parado.
Mas... a verdade é que se você for sempre devagar, nunca vai chegar.
Às vezes uma acelerada é extremamente necessária.
Ou não. Acho que sim. Talvez.

Enquanto isso, tem gente passando pela sua vida. Ontem essa pessoa era importantíssima para você, e amanhã, muda. Algo acontece. Prioridades mudam.
Caminhos divergentes. Sejam bons, sejam ruins. Quem sabe de verdade qual é qual?

Ponto de vista. O que é péssimo para mim, é maravilhoso para você.

Ajudando generosamente a desigualdade vem um sistema capitalista, seguido por um bando de egoístas e seu materialismo desenfreado.

O humilhado de uma hora atrás se torna o impiedoso arrogante humilhando um semelhante no dia seguinte, no momento que recebe a chance de estar por cima.

E a roda continua girando. O círculo vicioso.

segunda-feira, junho 12, 2006

Mundo Paralelo






Foto tirada por mim numa rua da Tijuca. Montagem feita com a ajuda do velho e bom Photoshop.








Foto tirada por mim numa rua da Tijuca. Montagem feita com a ajuda do velho e bom Photoshop.


Droga! E se eu tivesse feito isso ao invés daquilo?! Como estaria hoje?
Se estivesse com aquela pessoa e não com essa?
Aquele erro que cometi... hum... E se... não tivesse cometido?
Caramba, poderia ter estudado mais naquela ocasião...
Podia ter sido mais gentil. Fui tão rude.
Podia ter sido mais decidido naquela hora.
Perdi aquela chance por distração.
Fui rápido quando devia ser devagar.
Fui devagar quando devia ser rápido.
Por que diabos disse aquilo?!
Putz, sabia que era errado mas fiz assim mesmo.
Como seria se tivesse feito aquilo que tive vontade de fazer naquele exato momento?
Aquela pessoa...
E se... não tivesse me apaixonado?

Resposta: não seria quem sou hoje.

Pergunta: seria bom ou ruim poder ver um mundo paralelo onde fizemos as coisas diferentes?

Possibilidades. Hipóteses.

**********
Pensando nisso, fiz um conto.

No fundo do armário, encontrou um bolinha de gude. Lembrou-se instantaneamente da infância do subúrbio, das brincadeiras inocentes e da completa despreocupação que somente uma criança pode ter.

Queria ser astronauta e hoje, com 30 anos, é caixa num supermercado gigantesco. O falecido pai foi feirante e a mãe vendia picolé. Uma típica família que, se não chegava a ser pobre, também não podia ter muitas pretensões.
Passou a infância e a adolescência brincando, jogando bola e matando aula. Ainda não compreende bem como conseguiu terminar o segundo grau. A verdade é que era um garoto carismático e com uma certa lábia. Sempre conseguia aquele pontinho extra restante pra passar na recuperação depois de uma conversa simpática com o professor.

Enquanto as imagens passavam como raios pela sua cabeça, olhou aquela bolinha de gude, agora parecendo ter um brilho diferente. Qual não foi seu espanto ao se ver criança dentro daquele objeto? Piscou com força sem acreditar no que via. Trouxe a pequena esfera mais para perto de seu rosto e assistiu, pasmo, a uma espécie de filme passar ali dentro.

Dessa vez, com 10 anos de idade, ouvia os conselho do pai e parava um pouco de jogar bola para estudar. Algumas vezes deixava de lado o pique-esconde e lia um livro que a professora de Português tinha emprestado.

Naquele mundo, tinha feito faculdade e havia se tornado um bem-sucedido professor universitário, casado com uma bela mulher - antiga namorada na juventude – e pai de dois filhos. Vivia sorrindo com um brilho fugaz nos olhos.

Subitamente as imagens sumiram da bolinha de gude, agora só um ordinário objeto novamente. Viu-se então na sua casinha alugada, solitário. Não via aquela mulher, que era sua esposa naquele pequenino universo, desde os 20 anos, quando a traiu.

Chorou.

terça-feira, junho 06, 2006

Coluna do IGOR - 18 horas















AHhh… Sou eu aqui de novo rendendo uma boa escrita. Nessa hora da madruga ( 3 da manhã quase), aliás, Japonês que é bem sucedido… porque passa a noite em claro! Até com relação ao tempo eles foram espertos! Enquanto está todo mundo dormindo no escuro, eles estão lá com o nosso sol, trabalhando.


Sim, muitas metáforas, mas sem derrapar na futilidade, afinal, por que não usar metáforas? É o mundo da fantasia. Mundo esse no qual somos criados desde pequenos. Nossos pais contavam historias parecidas com essas, usando e abusando de metáforas em vez de dizer que o bandido “cruel” mata velhinha em busca de alguns trocados para poder comer um pão na chapa e um pingado( quem dera fosse só isso), porém nossos pais dizem: LOBO MAU…


Eu adoro fantasias. Movem a nossa vida. O sonho de ganhar na MEGA SENA…uauuu... quem nunca rabiscou numa loteria com uma caneta bic presa por uma corda vagabunda e começou a sonhar com a possibilidade de ser o grande vencedor!?

Pois é … isso é o que nos alimenta…é a energia, a força, o otimismo que precisamos para alcançar o sucesso!!!…. Até você, caro irmão, JEDI…pode ser bem sucedido!!


Temos que sonhar e acreditar. Mas voltando a metáfora… Andei pensando bastante. E se em um dia todos combinassem de travar o tempo do relógio? Fixar o horário em 18 hoars da tarde?

Passarmos o tempo que fosse com o relógio travado as 18hrs! O sol ia aparecer, a lua ia surgir… o sol ia aparecer de novo…mas seria sempre 18hrs! Imagina, apenas tente imaginar, o que poderia mudar.. Lógico, não haveria um amanhã… afinal…seria 18hrs por muito tempo…o calendário não ia andar….

Talvez assim viveríamos mais. O DIA XX do mês XX do ano XXXX, exatamente às 18hrs, nunca mudaria. Apenas teríamos tempo para tudo! Para sair do trabalho as 18hrs e chegarmos exatamente as 18hrs para o jantar marcado com a namorada às 18hrs. Seriamos múltiplos e únicos ao mesmo tempo! Estaríamos em todos os lugares sem atrasos!

Não tem pressa… não precisa correr! Vai com calma, aproveite e pare na praia! O sol vai aparecer às 18hrs, será fantástico, e apos vê-lo nascer você pode jantar antes dele ir embora! Jantar à luz solar... Seria genial!

As 18hrs mais belas e longas de nossas vidas.

Pense nisso… só pense!
 
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